Raiva humana: Campinas tem recorde de atendimentos por risco da doença; veja o que fazer ao ser atacado por animais

  • 14/05/2025
(Foto: Reprodução)
Número indica uma média de 12 assistências diárias a casos de contato de risco com animais, como mordedura e arranhadura. Balanço aponta aumento em relação a 2023. IMAGEM DE ARQUIVO: doses de vacina antirrábica Reprodução/TVCA Campinas (SP) realizou em 2024, de janeiro a dezembro, 4,3 mil atendimentos antirrábicos em humanos. O número indica uma média diária de 12 assistências a casos que envolviam algum tipo de contato de risco por parte de um animal, como arranhadura, mordedura e até lambedura. O índice registrado no ano passado é o maior da década e mostra um aumento de 8% em relação à 2023. Extraído do painel epidemiológico do Ministério da Saúde, o balanço inclui, além da observação de animais suspeitos: 356 aplicações de vacina: protocolo adotado em casos leves; 725 aplicações de soro antirrábico + vacina: protocolo adotado em casos graves; 815 indicações de soro antirrábico ou imunoglobulina: nos casos em que a pessoa já é vacinada contra a raiva, mas sofreu uma exposição ao vírus, ou se o paciente não pode tomar a vacina por algum motivo. O levantamento também traz detalhes sobre o perfil dos casos, e aponta que: a maioria envolvia pessoas com idades entre 20 e 29 anos, mas há registros em todas as faixas etárias, inclusive crianças e idosos; os ataques de animais domésticos, como cães e gatos, foram os mais frequentes, embora haja registros de acidentes com morcegos, primatas, herbívoros domésticos e raposas. Abaixo, confira detalhes sobre o perfil dos atendimentos e como buscar ajuda na metrópole. Exposições por tipo de animal De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave que acomete mamíferos, inclusive o homem. Ela é considerada de extrema importância para a saúde pública devido a sua letalidade de aproximadamente 100%. A transmissão aos seres humanos ocorre pelo contato com a saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordida. No entanto, a lambida e os arranhões também são um sinal de alerta. Veja abaixo os animais mais frequentemente envolvidos nos casos em Campinas (isso não significa, necessariamente, que eles estavam contaminados pelo vírus da raiva, mas sim que alguém foi exposto e precisou do protocolo antirrábico): Em todo o Brasil, entre 2010 e 2025, foram registrados 50 casos de raiva humana. Desses, nove foram causados por mordidas de cães, 22 por morcegos, sete por primatas, dois por raposas, cinco por felinos, e um por bovino. Em quatro casos, não foi possível identificar o animal envolvido. Além disso, em toda a história da raiva humana no país, apenas dois pacientes sobreviveram. Todos os outros evoluíram para óbito. Os casos mais recentes foram registrados em Pernambuco e no Ceará. LEIA TAMBÉM: Caso de moradora de Campinas mordida por macaco expõe falha na execução de protocolo de raiva Tratamento pós-exposição Embora os casos de cura sejam raríssimos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece terapias pós-exposição que impedem o desenvolvimento da doença. Entre eles estão a vacina e o soro antirrábico, cujas aplicações variam de acordo com a gravidade. Entenda abaixo: Acidentes considerados leves: ferimentos superficiais no tronco ou nos membros, exceto mãos e pés; e lambedura de lesões superficiais. Acidentes considerados graves: ferimentos nas mucosas, cabeça, mãos ou pés; ferimentos profundos; adentramento de morcegos (quando o animal entra no ambiente e não há certeza se houve contato ou não). Todos os acidentes com mamíferos silvestres ou morcegos são considerados graves. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas (Devisa), independentemente da gravidade, a recomendação é sempre lavar a ferida com água e sabão, além de buscar atendimento. Acidentes leves: aplicação da vacina, que estimulará o organismo a produzir anticorpos contra o vírus da raiva em poucos dias; Acidentes graves: aplicação da vacina seguida do soro antirrábico ou imunoglobulina humana antirrábica, que protegem até que a vacina comece a fazer efeito. Onde buscar atendimento Em Campinas, de segunda a sexta-feira, o atendimento é realizado em qualquer uma das 67 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que iniciarão a vacinação, se indicado. Aos finais de semana, a orientação é buscar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou hospitais. Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação em caso de mordidas de animais silvestres como saguis e morcegos, é procurar uma unidade no mesmo dia uma vez que, caso seja necessário, a primeira dose da vacina contra raiva deve ser aplicada no dia 0 (nas primeiras 24 horas). Mordida, arranhadura... saiba em quais casos é indicada a aplicação do soro antirrábico VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região o Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/05/14/raiva-humana-campinas-tem-recorde-de-atendimentos-por-risco-da-doenca-veja-o-que-fazer-ao-ser-atacado-por-animais.ghtml


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